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Procuradoria da CLDF recomenda que CPI da Pandemia não seja instalada

Procuradoria da CLDF recomenda que CPI da Pandemia não seja instalada

Órgão diz não ter visto “fato determinante” para que a comissão comece os trabalhos, mesmo com as 13 assinaturas necessárias

ATUALIZADO 08/09/2020 11:34

CLDFIGO ESTRELA/METRÓPOLES
A Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)respondeu aos questionamentos feitos pelo presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB) e o vice-presidente Rodrigo Delmasso (Republicanos) sobre a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os supostos casos de corrupção na Secretaria de Saúde. De acordo com o órgão, não há “fato determinante” para a instalação da investigação parlamentar.

Agora, cabe ao próprio Prudente aceitar ou não a recomendação da Procuradoria. A chamada CPI da Pandemia conseguiu as 13 assinaturas necessárias para ser aberta, mas o emedebista quis consultar o órgão interno, seguindo norma técnica da Casa.

“Traz o documento a seguinte descrição: “[…] a finalidade de investigar a regularidade dos atos praticados pelo Poder Executivo do Distrito Federal, especialmente daqueles que geram custos ao erário, em decorrência da pandemia da Covid-19 – CPI da Pandemia”, aponta o documento da Procuradoria.

Segundo os técnicos da CLDF, a descrição não está dentro das hipóteses que autorizam a instalação de CPI “porque falta-lhe o requisito de fato determinado”.

Veja o parecer na íntegra:

Parecer da Procuradoria da CLDF sobre a CPI da Pandemia by Metropoles on Scribd

“Investigar a regularidade dos atos do Poder Executivo do Distrito Federal que geraram custos ao erário é extremamente genérico, pois inclui, praticamente todos os atos relacionados à pandemia, compra de testes, equipamentos, locação de bens e serviços. Essa indeterminação do objeto é um dos motivos chancelados pelo STF que permitem o arquivamento inicial de uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, segue.

O pedido para instalação da CPI da Pandemia, a fim de investigar a regularidade dos atos praticados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no combate à Covid-19, é do deputado Leandro Grass (Rede). A CPI teria duração de 180 dias, prorrogáveis por igual período.

Ela ganhou força após revelações da Operação Falso Negativo, do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Nela, a cúpula da Secretaria de Saúde acabou presa, suspeita de participarem de irregularidades em dispensas de licitações direcionadas à aquisição de testes rápidos para o combate à Covid-19. A estimativa é de prejuízo de R$ 18 milhões aos cofres públicos.
Adaptações: Alexandre Torres
Guará News