11 de setembro: Dia do Cerrado
Apesar das agressões impostas ao longo de cinco décadas, a “caixa d’água do Brasil” ainda abastece grandes aqüíferos e bacias hidrográficas, inclusive para a Amazônia e Mata Atlântica. Associando essa riqueza à tecnologia, 40% do Cerrado estão ocupados pela agropecuária. Ao todo, já perdeu metade da vegetação original, e o restante está muito fragmentado.
Complicando o futuro dessa região bela e inspiradora de culturas ímpares, menos de 3% do Cerrado estão protegidos de fato. Logo, o Brasil pode e deve equilibrar de vez a balança entre produção e conservação, construindo um caminho mais seguro para um futuro de incertezas climáticas, onde ainda precisaremos produzir alimentos e commodities.
SAIBA MAIS
Cenários e riquezas do Cerrado de Guimarães Rosa
ARTIGO
Principal fronteira onde avança a agropecuária desde os anos 1960, o Cerrado tem poucas chances de seguir existindo nas próximas décadas sem ações emergenciais que ampliem sua área protegida e que levem à adoção em larga escala de práticas produtivas menos danosas ao meio ambiente.
Nas paisagens amplas – e lindas – do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Amazônia, vivem milhares de espécies de animais e plantas que só existem nessa região. Também habitam o Cerrado mais de 14 milhões de pessoas, muitas das quais dependem da agricultura e da pecuária para sobreviver e ajudar a economia a crescer. A “savana brasileira” é, ainda, a caixa d’água do país: concentra as principais nascentes e alguns dos mais importantes afluentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazonas, Paraguai e São Francisco).
Esse equilíbrio entre o agronegócio e o meio ambiente, porém, tem sido tenso. A expansão desordenada das atividades do campo provoca desmatamento, perda de habitats e ameaça a disponibilidade de água. Por acreditar que a atividade econômica e a conservação podem andar juntas, a TNC trabalha em parceria com governos, produtores rurais e empresas dos setores de soja e carne para tornar essas cadeias produtivas mais sustentáveis.
Um caminho que já está dando certo é testar e difundir boas práticas agrícolas e pecuárias, para que os produtores possam produzir mais nos trechos que já estão abertos e, ao mesmo tempo, ajudar as famílias a restaurar a vegetação em áreas essenciais para rios e nascentes. Outra frente de ação que tem funcionado é a articulação com empresas e associações do agronegócio, para definir compromissos abrangentes de compra e financiamento sustentável da produção, além do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que ajudem a cumprir esses compromissos.
Veja a seguir como a TNC está colocando a Ciência e a colaboração entre diversos atores a favor do Cerrado.