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A “savana brasileira” é, ainda, a caixa d’água do país. 11 de setembro: Dia do Cerrado

11 de setembro: Dia do Cerrado

O Brasil alcança mais um 11 de setembro, data nacional dedicada ao Cerrado. Entre repetidas promessas de um modelo de desenvolvimento sustentável, essa região estratégica para o futuro do país tem sua vegetação nativa diariamente consumida, ora pelo desmatamento, ora pelas queimadas.
Só não mudam os motivos: ampla margem legal para desflorestamento (80% das propriedades rurais), extração ilegal de madeira e de carvão, avanço desregrado da agropecuária, da urbanização e da geração de energia.

Apesar das agressões impostas ao longo de cinco décadas, a “caixa d’água do Brasil” ainda abastece grandes aqüíferos e bacias hidrográficas, inclusive para a Amazônia e Mata Atlântica. Associando essa riqueza à tecnologia, 40% do Cerrado estão ocupados pela agropecuária. Ao todo, já perdeu metade da vegetação original, e o restante está muito fragmentado.

Complicando o futuro dessa região bela e inspiradora de culturas ímpares, menos de 3% do Cerrado estão protegidos de fato. Logo, o Brasil pode e deve equilibrar de vez a balança entre produção e conservação, construindo um caminho mais seguro para um futuro de incertezas climáticas, onde ainda precisaremos produzir alimentos e commodities.

Cenários e riquezas do Cerrado de Guimarães Rosa

Descubra paisagens e culturas surpreendentes do norte de Minas Gerais e oeste da Bahia em nova produção do WWF-Brasil.

ARTIGO

Um futuro para o Cerrado
Artigo de Michael Becker, superintendente de Conservação do WWF-Brasil

Principal fronteira onde avança a agropecuária desde os anos 1960, o Cerrado tem poucas chances de seguir existindo nas próximas décadas sem ações emergenciais que ampliem sua área protegida e que levem à adoção em larga escala de práticas produtivas menos danosas ao meio ambiente.

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© WWF-Brasil

Nas paisagens amplas – e lindas – do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Amazônia, vivem milhares de espécies de animais e plantas que só existem nessa região. Também habitam o Cerrado mais de 14 milhões de pessoas, muitas das quais dependem da agricultura e da pecuária para sobreviver e ajudar a economia a crescer. A “savana brasileira” é, ainda, a caixa d’água do país: concentra as principais nascentes e alguns dos mais importantes afluentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazonas, Paraguai e São Francisco).

Esse equilíbrio entre o agronegócio e o meio ambiente, porém, tem sido tenso. A expansão desordenada das atividades do campo provoca desmatamento, perda de habitats e ameaça a disponibilidade de água. Por acreditar que a atividade econômica e a conservação podem andar juntas, a TNC trabalha em parceria com governos, produtores rurais e empresas dos setores de soja e carne para tornar essas cadeias produtivas mais sustentáveis.

Um caminho que já está dando certo é testar e difundir boas práticas agrícolas e pecuárias, para que os produtores possam produzir mais nos trechos que já estão abertos e, ao mesmo tempo, ajudar as famílias a restaurar a vegetação em áreas essenciais para rios e nascentes. Outra frente de ação que tem funcionado é a articulação com empresas e associações do agronegócio, para definir compromissos abrangentes de compra e financiamento sustentável da produção, além do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que ajudem a cumprir esses compromissos.

Veja a seguir como a TNC está colocando a Ciência e a colaboração entre diversos atores a favor do Cerrado.

Adaptações, pesquisa e edição: Alexandre Torres
Guará News