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“Vai e vem Judiciais”. Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF

Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF

Ainda há previsão de mais 3 mil demissões de professores devido ao longo período de fechamento dos colégios da capital do país

ATUALIZADO 12/08/2020 8:30

Escolas privadas começam aulas dia 27/7 com adequações contra coronavírusLAYS CRISTINE/DIVULGAÇÃO
Fechadas há cinco meses para aulas presenciais, as 570 escolas privadas do Distrito Federal têm sofrido com a evasão, a inadimplência e a instabilidade de vaivéns judiciais.Embora o ensino on-line seja uma solução a fim de manter a rotina de aprendizado dos estudantes, mais de 1,2 mil alunos da rede privada migraram para a pública.

Tal fenômeno reduziu o faturamento dos colégios e, de acordo com estimativas do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), 120 das 570 escolas privadas da capital do país podem fechar as portas nos próximos dias. Ou seja, 21% dos estabelecimentos educacionais pagos correm o risco de encerrar as atividades.

Além disso, 700 professores da educação infantil e básica perderam seus empregos e 800 do ensino superior também foram demitidos. A estimativa do Sinepe é que, até outubro, 3 mil fiquem sem empregos.

“Estamos em um cenário de demissão em massa. As autoridades estão desnorteadas, as decisões vão e voltam, sem respeitar o investimento das escolas para receberem os alunos. Estamos numa crise séria e, agora, nossa missão é tentar dar suporte àquelas prestes a falir”, lamenta o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Sem perspectiva

Para ele, quando a Medida Provisória nº 936 expirar, os centros de ensino não terão mais como pagar seus funcionários e vão ter que começar o processo de falência, garantindo o pagamento dos professores e outros profissionais. “Em dezembro, a folha de pagamento de pessoal aumenta 330% devido ao 13º salário e férias. As escolas não têm orçamento suficiente”, expõe.

O Sinepe apresentou, nessa segunda-feira (10/8), um recurso contra a liminar que suspendeu as atividades presenciais na rede particular.